No dia 27 de fevereiro Portugal vai receber a visita de uma comitiva da troika. Na altura em que deverá ser conhecida a proposta de Orçamento do Estado para 2016, FMI, BCE e Comissão Europeia chegam com uma lista de 18 exigências.
A forma como evoluiu o investimento é uma das principais preocupações da troika, que entregará um caderno de encargos ao Governo e dedicará outro às contas públicas, défice excessivo e dívida.
Segundo apurou o Diário de Notícias, as instâncias internacionais estão convencidas de que Portugal está mal no que toca ao investimento: a subida de 5,6% em 2015 vai contrabalançar com uma descida de 3,9% em 2016. E também a taxa de investimento está em mínimos (2,2% do PIB).
Além disso, considera a troika que é difícil despedir trabalhadores (o que trava investimentos), a formação de salários mantém-se centralizada devido à contratação coletiva, a burocracia dos licenciamentos comerciais é labiríntica e as qualificações das pessoas são desadequadas.
Segundo o documento, há aspetos a apontar também aos impostos, que privilegiam o recurso à dívida em detrimento do capital em forma de ações, além de as regras vigentes no setor portuário e na grande distribuição e retalho barrarem a entrada de novos concorrentes.