Após a reunião de hoje do Eurogrupo, em Bruxelas, o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, referiu que Portugal deve "mover-se rapidamente no sentido de adotar um conjunto ambicioso e abrangente de reformas para acelerar a produtividade e o potencial de crescimento da Economia".
"Esta é a única forma de tranquilizar os investidores, de restaurar a confiança e de criar condições para haver bastantes e estáveis empregos que a população portuguesa precisa", acrescentou o político, em conferência de imprensa.
Moscovici garantiu que Bruxelas pode "apoiar Portugal nesses esforços" e "continuar a cooperação consultiva" que caracterizou as negociações com o Governo português sobre o esboço do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016).
O comissário referiu ainda que "Portugal deve realmente lidar com os riscos" identificados pelo executivo comunitário de não cumprir as obrigações do Pacto de Estabilidade e Crescimento e "adotar, se necessário, medidas adicionais".
O Eurogrupo subscreveu hoje a análise da Comissão Europeia, que na passada sexta-feira, deu 'luz verde' ao plano orçamental, depois de Lisboa ter apresentado medidas adicionais, cujo impacto global estimado variará entre os 970 milhões de euros (expectativas de Bruxelas) e os 1.125 milhões de euros (projeções do Governo).
A diferença de 155 milhões de euros não impediu a Comissão de dar o seu aval ao projeto orçamental, embora apontando para os riscos de incumprimento.