Na errata ao relatório do OE2016, entregue esta manhã à Assembleia da República e publicado esta tarde na página da Direção-Geral de Orçamento (DGO), o Governo corrige uma frase na página 34, no capítulo de política orçamental, relativa à carga fiscal, que tem motivado polémica nos últimos dias.
Assim, onde se lia "Invertendo a política dos últimos anos, perspetiva-se uma redução da carga fiscal em 0,1 p.p. do PIB em 2016", o Governo escreve agora que "Invertendo a política dos últimos anos, perspetiva-se uma manutenção da carga fiscal1 em 2016".
Além disso, na nota em rodapé, que foi acrescentada, o Governo afirma que "a carga fiscal consiste no somatório da receita fiscal, da receita contributiva e do imposto de capital".
PSD e CDS-PP têm acusado o Governo de aumentar a carga fiscal este ano, uma crítica que tem sido recusada pelo executivo socialista e pelos partidos que o apoiam no parlamento (PCP, PEV e Bloco de Esquerda).
A errata publicada hoje tem 46 páginas e corrige gralhas, como o valor da dívida pública em 2015 (que é usada em algumas simulações) ou as previsões económicas da Comissão Europeia para a economia mundial.
Na quinta-feira, o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, pediu ao Governo rapidez na entrega do "texto consolidado" e de uma errata da proposta de Orçamento do Estado para 2016, que deverá corrigir as "incorreções, erros e gralhas" do documento original.