A emigração foi um dos temas abordados por Mário Centeno, esta manhã, numa conferência sobre o Orçamento do Estado para 2016 no Instituto Universitário de Lisboa.
Lembrando que a “emigração, em particular das pessoas mais jovens e em idade ativa […] está a aumentar”, o ministro das Finanças garante que o Orçamento do Estado contempla medidas para reverter o abandono de mais de 100 mil portugueses, tal como indicam dados do INE.
“A ausência de estímulos de permanência no país e uma carga fiscal elevada contribuem” para que esta situação se verifique, referiu, e “se a população ativa diminui há menos pessoas disponíveis para trabalhar”. Isto tem “impacto na economia real pela diminuição da procura, rendimento e investimento”.
“É preciso criar condições para que os jovens se mantenham no país. A proposta [do Orçamento do Estado] tem medidas neste sentido: estimulam a economia, promovem o aumento do rendimento das famílias, garantem a defesa do Estado Social e dos serviços públicos, promovem o relançamento do investimento a educação, ciência, formação e cultura”, disse, reforçando ainda: “É um orçamento exigente. Exigente para o Estado e para os agentes económicos”.