Santos Silva questiona autoridade da oposição para criticar o Orçamento

O dirigente socialista e ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, questionou hoje a autoridade da oposição para criticar o Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), quando no passado falhou "a consolidação orçamental".

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Lusa
20/02/2016 15:29 ‧ 20/02/2016 por Lusa

Economia

Ministro

"Qual é a autoridade daqueles que falharam a consolidação orçamental para porem agora em causa o que está na nossa proposta e que significa passos concretos e decisivos na consolidação orçamental?", questionou Augusto Santos Silva, no encerramento das jornadas parlamentares do PS, em Vila Real.

O ministro recorreu ao adágio popular que diz "bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz", para aconselhar que, neste caso, não se fazer nem o que PSD e CDS dizem nem o que fizeram.

"Aqueles que são hoje oposição por vontade popular eram no ano passado Governo, igualmente por vontade popular. O défice nominal que eles colocaram em 2,7% falharam. O défice estrutural em vez de diminuir, aumentou. A dívida pública em vez de diminuir, aumentou, e aquilo que devia aumentar em vez de diminuir, o rendimento disponível das famílias, esse diminuiu também", argumentou.

"Mesmo um indicador que devia ser um indicador muito importante, seja para aqueles convictamente liberais, seja para aqueles que agora se querem disfarçar à pressa de sempre sociais-democratas, o do peso dos impostos sobre o produto, aumentou no ano passado", acrescentou.

Santos Silva defendeu que, por outro lado, a proposta de lei que está agora em discussão para 2016, "reduz o défice nominal, reduz o défice estrutural, reduz a dívida pública, reduz a carga dos impostos no produto, reduz a despesa pública no produto, e faz aumentar os rendimentos das famílias".

O ministro dos Negócios Estrangeiros representou o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, no encerramento das jornadas parlamentares do PS, dada a ausência do chefe de Governo por se encontrar em Bruxelas, no Conselho Europeu.

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