O objectivo do novo Orçamento é que mais verbas sejam disponibilizadas para projectos de infra-estrutura que ajudem a impulsionar a economia do Reino Unido, que volta a enfrentar o fantasma da recessão, nota a imprensa britânica.
O Reino Unido registou uma contracção económica de 0,3 por cento no último trimestre de 2012 e em 23 de Fevereiro a agência de notação financeira Moody's retirou a notação máxima (triplo A), reduzindo-a em um nível para Aa1, devido à "fraqueza" das perspectivas de crescimento.
A oposição britânica tem vindo a exigir medidas de estímulo económico ao governo conservador de David Cameron, sustentando que os cortes aplicados desde Outubro de 2011 têm sido incapazes de relançar a economia e combater o desemprego, que já ultrapassa os sete por cento.
À excepção das áreas da Educação, Cooperação Internacional, Finanças e Alfândegas, o novo diploma prevê um corte de dois por cento nos orçamentos de todos os ministérios, o que permitirá poupar algo como 2,5 mil milhões de libras (2,9 mil milhões de euros).
Ao serem aprovadas, as novas medidas orçamentais juntar-se-iam ao corte de três por cento já anunciado pelo Governo em Dezembro de 2012 e que visou a maioria dos ministérios.
Desde que o governo de David Cameron chegou ao poder, em maio de 2010, com a promessa de reduzir o enorme défice britânico antes do final da legislatura em 2015, o ministro das Finanças George Osborne já implementou um severo e impopular programa de austeridade, que obrigou os britânicos a apertarem o cinto.
Um porta-voz de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro britânico, disse hoje à imprensa britânica que as medidas de Osborne contam com o apoio "unânime" de todo o Governo.