A polémica que nasceu esta manhã em torno da revelação das contas portuguesas referentes ao ano passado parece estar encerrada após a intervenção do Banco de Portugal. O diferendo entre Instituto Nacional de Estatística e o Ministério das Finanças sobre os prazos de envio de dados parecia ser um sinal de alerta, mas o banco regulador veio aliviar a tensão com um comunicado onde explica a situação.
"Para efeitos de finalização da notificação, subsiste uma questão de natureza metodológica que está a ser tratada entre o Banco de Portugal e o INE", refere o Banco de Portugal num curto comunicado enviado à redação do Notícias ao Minuto. Apesar do desacordo de contabilização oficial entre BdP e INE, a entidade liderada por Carlos Costa garante que "fez, nos prazos acordados, o apuramento dos dados relativos ao cálculo da dívida pública de 2015, que disponibilizou ao Instituto Nacional de Estatística para efeitos da preparação da 1ª Notificação doProcedimento dos Défices Excessivos".
O assunto surgiu esta manhã, quando o INE revelou que os números do défice não seriam divulgados à hora prevista "dado não estar disponível toda a informação necessária". O Ministério das Finanças respondeu pouco depois com um comunicado onde garantia ter enviado "atempadamente toda a informação sobre as contas do Estado necessárias ao cálculo do défice e da dívida pública em 2015".
Após a divulgação tardia de um défice de 4,4% do PIB, a situação parecia ter chegado a um impasse; o Banco de Portugal entra agora em cena para esclarecer que se tratou apenas de uma discrepância entre os métodos de cálculo utilizados.
[Notícia atualizada às 13h45]