Entre 2014 e 2015, nenhum país da OCDE teve maior agravamento do peso fiscal sobre os ordenados mensais do que Portugal. Esta é uma das conclusões da versão deste ano do estudo 'Taxing Wages' da OCDE, uma análise detalhada às variações de impostos sobre salários nos países membros.
Tendo em conta um contribuinte sem filhos, com salário dentro da média nacional, a carga fiscal aumentou 0,86 pontos percentuais no ano passado em Portugal. O aumento deveu-se exclusivamente ao agravamento do IRS, uma vez que a variação na TSU foi nula tanto para os trabalhadores como para os patrões.
No total, os impostos passaram a levar 42,1% do rendimento de um português sem filhos, o 11º valor mais alto entre os países da OCDE. Para os contribuintes com filhos, a carga fiscal em Portugal é bem mais leve, sendo equivalente ao 13º nível mais alto do estudo.
Olhando apenas para o IRS, Portugal está ligeiramente acima da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (15º lugar) com 14% de imposto, enquanto a TSU dos trabalhadores é de 8,9% (14º lugar) e a dos patrões é de 19,2% (12º lugar).
[Notícia atualizada às 11h15]