"Visitar a Europa faz qualquer americano sentir-se bem com o seu país"

Prémio Nobel da economia voltou ao ataque contra a política de austeridade no 'velho continente'. Entre críticas à Alemanha e França, houve ainda tempo para elogiar a evolução portuguesa.

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Bruno Mourão com Elsa Pereira
02/05/2016 17:08 ‧ 02/05/2016 por Bruno Mourão com Elsa Pereira

Economia

Paul Krugman

De visita a Portugal, Paul Krugman ficou inspirado para escrever sobre a situação da economia europeia na sua coluna semanal no New York Times. Num artigo intitulado 'A economia diabética', o famoso economista norte-americano voltou a arrasar a teoria de uma recuperação baseada em políticas de contenção orçamental e garantiu que é necessária uma mudança radical para apagar anos de austeridade. 

"Não é difícil de ver o que a Europa devia fazer para curar as suas doenças crónicas", afirma Paul Krugman, antes de explicar a receita a seguir: "Há enormes necessidades sem resposta de infraestruturas e os investidores estão praticamente a implorar aos governos que aceitem o seu dinheiro". 

"Os argumentos favoráveis ao investimento público, especialmente na Alemanha – mas também em França, que está em muito melhor estado orçamental do que os seus próprios líderes pensam – são esmagadores (…) e há razões para acreditar que mais dinheiro gasto no centro da Europa traria benefícios aos países periféricos", assegura o Prémio Nobel da economia. 

No entanto, admite Krugman, o final da austeridade parece estar "politicamente fora de questão" e as grandes economias europeias continuam a pressionar o Banco Central Europeu, "a única grande instituição europeia que parece ter noção do que está a acontecer". 

O economista norte-americano assume que os sinais de crescimento são positivos - "por uma vez, cresceram mais que os Estados Unidos" - mas os desequilíbrios estruturais continuam a preocupar. Neste aspeto, Portugal serve de exemplo negativo: "O desemprego ainda está em níveis que provocam enormes danos humanos, sociais e políticos". 

Ainda assim, garante o Nonte o Nobel da economia, nem tudo é mau em Portugal: "As coisas em Portugal estão terríveis. Mas não tanto como há um par de anos".

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