A governante, que está a ser ouvida na comissão parlamentar de Agricultura e Mar, respondia assim aos deputados da oposição que manifestaram dúvidas sobre a eficácia dos serviços mínimos, afirmando que, segundo as informações que lhe foram transmitidas pela administração do Porto de Lisboa, "os serviços mínimos estão a funcionar".
O Governo fixou serviços mínimos para os portos de Portugal, na sequência de um pré-aviso de greve do Sindicato dos Estivadores, que foi prolongada até ao dia 27 de maio, visando assegurar a "satisfação de necessidades sociais básicas e impreteríveis".
Ana Paula Vitorino vincou que a decisão de impor os serviços mínimos não teve como objetivo "violar qualquer direito à greve", e sim satisfazer necessidades sociais básicas, nomeadamente a nível do abastecimento às regiões autónomas, abastecimento de géneros perecíveis e animais vivos.
Acrescentou que se a greve for estendida haverá extensão dos serviços mínimos e voltou a apelar às partes (operadores portuários e sindicato dos estivadores) para que voltem "à mesa negocial e tentem chegar a acordo nos dois pontos que faltam" para fechar o acordo coletivo de trabalho que tem estado a ser negociado.
A 08 de janeiro chegou a ser assinado um acordo de paz social, depois de a tutela promover "uma plataforma de diálogo" entre as partes envolvidas no conflito, mas fracassou um acordo global e os estivadores entraram novamente em greve.