"Hoje uma mulher que pretenda ser mãe, mais do que a disponibilidade financeira, reclama por disponibilidade para uma maior dedicação. Se tempo tivesse para os acompanhar teria mais filhos”. Por detrás desta ideia, veiculada pelo ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, está a intenção do Governo de usar dinheiros comunitários para gerar empregos a tempo parcial e, nesta senda, contribuir para o aumento da taxa de natalidade do País.
“Queremos usar verbas europeias para suportar a empregabilidade parcial”, concretizou o governante, citado pela rádio TSF. E sustentou: “Uma mãe ou um pai pode vir mais cedo para casa, pode eventualmente vir a trabalhar apenas meio-dia que o Estado suporta o restante”.
O ministro, que falava no âmbito da Comissão Parlamentar do Trabalho, assinalou que esta medida visa dar resposta aos “constrangimentos demográficos” em Portugal, adiantando, por outro lado, que os fundos europeus poderão ainda ser aplicados para dinamizar o “envelhecimento activo”, cita o Diário Económico.