Em comunicado, o banco central indica que irá aumentar o seu programa de compra de activos, incluindo títulos do governo japonês, comprometendo-se a atingir a meta de 2 % de inflação, no máximo, dentro de dois anos, invertendo a deflação que afecta a terceira economia do mundo há mais de uma década.
Esta foi a primeira reunião do BoJ encabeçada pelo novo governador, Haruhiko Kuroda.
Entre as novas medidas, o emissor japonês irá realizar operações no mercado para que "a base monetária aumente a um ritmo anual de entre 60 e 70 biliões de ienes" (entre 502.360 e 586.086 milhões de euros).
Além disso, pretende aumentar a compra de dívida do país a um ritmo anual de cerca de 50 biliões de ienes (mais de 418.600 milhões de euros), sem descartar a possibilidade de aquisição de títulos com prazos de vencimento mais alargados.
O prazo de vencimento médio dos títulos do Governo que o emissor adquirirá a partir de agora passará a ser de aproximadamente sete anos, em vez do tecto actual fixado em três anos.
A entidade disse ainda que o actual programa de activos, até ao momento a sua principal ferramenta para injectar liquidez no sistema, será substituído pelo novo mecanismo de compra de dívida pública.
O BoJ também apostará na compra de activos financeiros menos seguros, como fundos negociáveis no mercado ou fundos de investimento imobiliário, refere o comunicado, citado pelas agências internacionais.
O organismo sublinha ainda que espera que a economia nipónica retome "o caminho da recuperação moderada" graças à forte procura interna e à melhoria do crescimento da economia global.
Depois do anúncio pelo BoJ, o dólar norte-americano subiu de 92,94 para 93,87 ienes e o euro de 119,39 para 120,45 ienes.
A depreciação do iene favorece o sector exportador sector, responsável por cerca de 40 % do Produto Interno Bruto (PIB) da terceira economia mundial.