Um imóvel em ruínas obteve 0,98 no índice de qualidade e conforto, sendo que nota máxima seria de 1. Os 0,02 pontos perdidos, de uma casa que não tem água, electricidade ou rede de esgotos, ficaram a dever-se à falta de gás.
Citado pelo Sol, o proprietário já disse que o ‘erro’ “denota bem os métodos de trabalho. É um razoável retrato do que foi feito no interior do País”.
Atribuída no âmbito da avaliação extraordinária para efeitos do IMI, esta classificação das ruínas em Silvares, no mínimo estranha, é apenas um dos erros da gigante ‘empreitada’ levada a cabo pela Autoridade Tributária e Aduaneira.
De resto, todo o processo de avaliação foi alvo de críticas quer devido a erros em termos do valor patrimonial das casas, o que influencia o montante de IMI a pagar, quer ao atraso no pagamento dos peritos que avaliaram quase cinco milhões de casas e terrenos no País. Esta última questão já foi, aliás, motivo de interpelação do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, pelo Bloco de Esquerda.
Dos cerca de dois mil peritos, houve vários que foram obrigados a esperar quatro e cinco meses para receberem o devido pagamento.