Numa pequena nota escrita no blogue no domingo, a que deu o título de ‘Just Say Nao’, o economista assinalou a chegada “do dedo da instabilidade” a Portugal, com “o Governo a propor, claro, a cura das questões com Mais Austeridade”.
Krugman – que tem-se manifestado contra as políticas de austeridade na Europa - diz no entanto que escreverá mais sobre o assunto, a que chamou “a próxima fase da crise europeia”, ainda hoje.
O primeiro-ministro garantiu no domingo que o Governo não irá aumentar os impostos como forma de compensar as normas orçamentais chumbadas pelo Tribunal Constitucional, optando por reduzir a despesa pública com segurança social, saúde, educação e empresas públicas.
Esta declaração aconteceu na sequência do chumbo do Tribunal Constitucional (TC), anunciado na sexta-feira, de quatro normas do Orçamento do Estado para 2013, referentes à suspensão do pagamento do subsídio de férias a funcionários públicos, aos contratos de docência de investigação e aos pensionistas e a criação de uma taxa sobre as prestações por doença e por desemprego.
"Para compensar o desequilíbrio agora aberto no Orçamento em 2013 teremos de pôr em prática, ainda este ano, medidas de contenção da despesa pública, nomeadamente nas áreas da segurança social, saúde, educação e empresas públicas", afirmou o primeiro-ministro.
Na sua declaração, Passos reiterou o compromisso de tudo fazer para pôr fim à crise que Portugal enfrenta, reafirmou o compromisso do Governo PSD/CDS-PP com o cumprimento das obrigações internas e externas do Estado português e apelou para um compromisso alargado e duradouro para o equilíbrio das contas públicas.