O Departamento de Pesquisa de Finanças e Consumo do BCE analisou a riqueza das famílias de alguns países chave da zona euro e concluiu que os alemães são um dos povos mais pobres da Europa, ainda mais pobres do que os gregos, espanhóis ou italianos.
De acordo com o estudo, “a composição da riqueza líquida é primeiramente impulsionada por activos reais”, sendo que o principal componente é a posse de imóveis.
Os quatro países identificados onde não se verifica uma elevada taxa de detenção de imóveis, não experimentaram um aumento significativo dos preços das casas, e, nesses Estados a riqueza líquida parece marcadamente mais ligeira, como é o caso da Alemanha, que é considerada “mais pobre” em termos de riqueza líquida do que alguns países sob programas de resgate financeiro.
O estudo analisou a taxa de detenção das famílias no que respeita cinco categorias de activos: casa própria, outros imóveis, veículos, objectos de valor e negócios próprios.
No final, os alemães são os que apresentaram as menores taxas entre todos os países analisados. O estudo revela mesmo que a Alemanha tem uma das taxas mais baixas ao nível da posse de residência própria e também uma das mais baixas no que respeita a posse de outros bens imobiliários.
O estudo do BCE revela ainda que Grécia, Chipre e Espanha apresentaram taxas mais elevadas nas cinco categorias de activos sob análise e, assim, um maior nível de riqueza.