O incentivo à contratação de instrumentos de gestão de risco financeiro, conhecidos por ‘swaps’, associados a empréstimos bancários, por parte dos Governos de Durão Barroso e de José Sócrates no que à Metro do Porto diz respeito, terá, pelo menos, ajudado a abrir um buraco de 832,3 milhões de euros no sector dos transportes públicos, segundo indica o Jornal de Notícias.
A confirmação parte da actual administração da empresa, chefiada por João Velez Carvalho, que, em declarações ao Jornal de Notícias, refere que havia “uma orientação para a utilização criteriosa” de ‘swaps’ veiculada pelos responsáveis pelo Ministério das Finanças, tanto da era Barroso, como da era Sócrates. Estes contratos, saliente-se, foram celebrados entre 2003 e 2009.
Os respectivos dossiês terão sido votados por unanimidade pelos conselhos de administração em funções, liderados, à data, por Valentim Loureiro, durante um ano por Rui Rio em substituição de Valentim Loureiro, e ainda por Ricardo Fonseca. Já a responsabilidade de presidir à Comissão Executiva cabia a Oliveira Marques.
Valentim Loureiro assinala, aliás, que não tem dúvidas relativamente ao papel “decisivo” que a Administração Central desempenhou na contratação destes empréstimos.