Passos promete medidas alternativas até ao final do mês

O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que as medidas de corte na despesa serão apresentadas até ao final deste mês, mas salientou que o Governo preservará o espaço para as consensualizar e as poder substituir por outras.

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Lusa
19/04/2013 11:59 ‧ 19/04/2013 por Lusa

Economia

Governo

Pedro Passos Coelho respondia a questões colocadas com insistência pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, no início do debate quinzenal, na Assembleia da República.

António José Seguro exigiu a Passos Coelho que referisse quais os cortes que o Governo se prepara para fazer em áreas sociais do Estado - como na educação, saúde ou segurança social - que os portugueses ainda desconhecem.

Passos Coelho começou por alegar desconhecer os pressupostos da questão colocada por Seguro e, como consequência dessa resposta, o secretário-geral do PS perguntou a Passos Coelho se então se era legítimo concluir que o Governo não tinha ainda medida nenhuma prevista.

Na sua última intervenção, o primeiro-ministro decidiu dar uma resposta extensa e com alguns detalhes.

"Gostaria que o Governo não ficasse na opinião pública ou no debate parlamentar na situação em que está preso por ter e preso por não ter: Se não apresenta as medidas é porque as esconde; se as apresenta é porque não as quer negociar e consensualizar", advertiu o líder do executivo na resposta ao secretário-geral do PS, recebendo a primeira salva de palmas vinda da bancada do PSD.

Depois, Pedro Passos Coelho especificou que o Governo apresentará "do lado estrutural medidas que são importantes para poder respeitar as metas para o défice que foram negociadas na última avaliação do memorando".

"Iremos apresentar aos partidos, ao PS, aos parceiros sociais essas propostas até ao fim deste mês. Serão propostas que o Governo não deixará de apresentar também à 'troika' (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia) seguindo o princípio que cumpriremos os nossos objectivos dentro do semestre europeu, ou seja, dentro do calendário fixado", disse.

A seguir, o primeiro-ministro fez uma ressalva, dizendo ao secretário-geral do PS que ficará preservada a possibilidade de o Governo poder "substituir essas medidas por outras".

"O que significa que não podemos ter no País o mesmo calendário no debate público que o Governo tem de cumprir em termos europeus. Não deixaremos de encontrar o espaço necessário para pôr as ideias à discussão e para as abrir a outras ideias", salientou Pedro Passos Coelho.

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