Os autores do estudo no qual foi descoberto o erro de Excel responsabilizam os académicos que descobriram a falha de “politizarem a questão” da dívida. Em dois artigos de opinião no New York Times, Rogoff e Reinhart reiteram os aspectos técnicos da sua pesquisa.
“Como académicos que somos, vemos este ataque como um triste comentário sobre a politização da pesquisa em ciências sociais”, referem os autores do estudo sobre austeridade.
Para os dois académicos, as críticas de que têm sido alvo sustentam “que se pode ignorar tudo” o que fizeram, defendendo que se está, “de alguma forma, a dar grande ênfase a um erro isolado para as estimativas de crescimento”.
Por outro lado, os académicos admitiram, porém, que as medidas de austeridade, quando mal implementadas, podem afectar os mais desfavorecidos.
Em resposta às críticas, Rogoff e Reinhart reconhecem ainda a dificuldade na implementação de medidas de austeridade e admitem que podem afectar os mais desfavorecidos se não forem aplicadas correctamente.
“A austeridade raramente funciona sem reformas estruturais e, se mal projectada, pode atingir desproporcionalmente os mais pobres e a classe média”, reconhecem Rogoff e Reinhart.