Frasquilho admite descida de impostos para breve

O vice-presidente do PSD Miguel Frasquilho defendeu esta quinta-feira que é viável uma descida de impostos brevemente, desde que concertada com os líderes europeus para que dêem a Portugal condições nesse sentido.

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Lusa
09/05/2013 21:46 ‧ 09/05/2013 por Lusa

Economia

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No lançamento do seu livro ‘As raízes do Mal - a Troika e o futuro’, Frasquilho considerou que "mais perto do final do ano" poderá ser possível obter "melhores condições" para o cumprimento do programa de ajustamento e fazer regressar "lentamente" o crescimento económico.

"Não sei se isto vai acontecer ou não, mas penso que mais perto do final do ano, é possível que tenhamos melhores condições para cumprir o nosso programa e fazer regressar, ainda que lentamente, o crescimento económico", afirmou Miguel Frasquilho aos jornalistas, no lançamento do livro, em que esteve presente o primeiro-ministro, que prefaciou a obra.

Questionado sobre a viabilidade de uma descida de impostos agora, o deputado social-democrata respondeu: "Se for concertado com os líderes europeus e desde que eles percebam e nos dêem as condições, eu penso que seria viável."

"Isso não depende só de nós. Estamos a cumprir um programa que nos foi imposto em maio de 2011, os objectivos são aqueles e não são outros que gostaríamos que fossem e, portanto, talvez fazendo ouvir a nossa voz na Europa seja possível que tenhamos condições mais favoráveis para que possamos cumprir os nosso objectivos e pagar a nossa dívida, que é o que todos queremos, mas sem liquidar a economia", sustentou.

Frasquilho recordou que, tal como consta do livro, defende um "programa de ajustamento até ao final desta década", com a continuação da "austeridade no Estado" e o alívio do IRC, "para atrair empresas e criar investimento e emprego", e do IRS, "revertendo, pelo menos em parte, este enorme aumento de impostos de 2013, que está a agravar a recessão e está a criar ainda mais dificuldades".

O deputado do PSD recusou prever quando a taxa de desemprego, que hoje atingiu um novo recorde de 17,7%, começará a descer, respondendo, quando confrontado com os dados, que "as receitas que Portugal tem aplicado de há 15 anos para cá não estão certas". Se estivessem, não se tinha chegado a esta situação, sustentou.

Na apresentação do livro, apresentado por Marcelo Rebelo de Sousa, estiveram presentes diversos ministros, entre os quais o da Economia, Álvaro Santos Pereira, e o da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, que ladeavam o primeiro-ministro, sentados na primeira fila.

O ex-ministro-adjunto Miguel Relvas e o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, assim como o ex-líder do PSD Luís Marques Mendes, estiveram também presentes no lançamento, que decorreu num espaço comercial de Lisboa.

O livro 'As raízes do Mal - a Troika e o futuro' reúne as crónicas de Miguel Frasquilho publicadas na imprensa (maioritariamente no Jornal de Negócios) sobre temas da actualidade política e económica.

 

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