Em declarações ao Diário de Notícias, o presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), Reis Campos, acusa os bancos de colocarem em causa a “sobrevivência das empresas” com “práticas lesivas”. Estas práticas, refere, dizem respeito à avaliação das casas que, garante, está a ser feita “em um quarto do valor normal do mercado”.
“É intolerável que um banco atribua a um imóvel um preço inferior em 75% ao que definiu há apenas três anos”, frisa Reis Campos, acrescentando que a avaliação que os bancos têm feito “não chega a metade do valor patrimonial tributário”.
Para o presidente da CPCI, o que os bancos estão a fazer é “um abuso e uma injustiça” e, por isso, pede a intervenção “urgente” do Estado para repor a normalidade no funcionamento do mercado imobiliário e “evitar situações de abuso” por parte da banca. Reis Campos defende mesmo que a Assembleia deve legislar esta área para que “nenhum imóvel possa ser avaliado, para efeitos de prestação de garantias, por um valor inferior ao valor patrimonial tributário”.
Afinal, questiona: “Faz algum sentido que o Estado decida avaliar imóveis e que esse valor sirva para pagar impostos, mas não sirva para garantir financiamento?”.