“Ainda não foram feitos cortes permanentes e aí foi uma falha do Governo”. Esta ideia é defendida por Eduardo Catroga, antigo responsável pela pasta das Finanças, que, em entrevista à Renascença, assinala: "O País não pode suportar estas pensões", pelo que, em seu entender, o ajuste de salários e de prestações sociais à despesa que o Estado pode suportar é uma inevitabilidade.
Neste contexto, Catroga sugere, enquanto alternativa ao actual regime de rendimentos dos pensionistas, a aplicação de uma nova fórmula de cálculo, que baptiza de "capitalização virtual", aplicada em função da carreira contributiva de cada um.
Ao mesmo tempo, o economista diz ser favorável ao recurso por parte do Estado a depósitos superiores a 100 mil euros perante um hipotético cenário de falência dos bancos.
Na mesma entrevista aos microfones da Renascença, Catroga não poupa algumas farpas ao ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS, Paulo Portas, sublinhando que se o parceiro de coligação governamental deixar de ser “caprichoso” o Executivo conseguirá cumprir o programa de ajustamento.