A Natureza, o património cultural e religioso, a gastronomia, operadores turísticos, hotéis, animação ou pontos de venda de produtos passam a ser “vendidos” em conjunto debaixo de uma marca comum que foi hoje lançada, em Bragança.
O conceito foi impulsionado pela Corane, a Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, que integra os municípios de Bragança, Vinhais, Miranda do Douro e Vimioso, e está aberto a novas adesões num território que pretende abranger todo o Nordeste de Portugal.
A conquista de turistas estrangeiros é um dos propósitos da nova marca e a razão da escolha do nome em inglês, que resulta de um jogo com a palavra Nordeste e destino, como explicou, Vítor Pereira, da empresa de comunicação de Bragança ConteúdoChave, que desenvolveu o conceito.
Toda a informação sobre a oferta existente estará disponível numa plataforma na Internet, nas páginas dos diferentes parceiros e inclui já cerca de 900 pontos de interesse com a respetiva informação, resultado de um levantamento feito pela Corane.
“Nó somos muito ricos em produtos e decidimos juntar todas as ideias num único projeto inovador, utilizando as ovas tecnologias de informação e só com esta rede de união é que nós conseguimos os objetivos: promover, desenvolver e agregar”, defendeu o presidente da Corane, Artur Nunes.
O projeto está a ser desenvolvido envolvendo todos os agentes diretamente ligados ao turismo, públicos e privados.
A nova marca e toda a informa estará também acessível no portal do Turismo Porto e Norte de Portugal, como adiantou o vice-presidente, Júlio Meirinhos, e nos locais de promoção deste organismo, nomeadamente na rede de lojas do Turismo de Portugal.
O norte de Portugal tem já perto de três milhões de turistas, mais de 90% dos quais procuram a região pela via da Internet, adiantou.
O responsável acredita que o “Nordestin” está “num bom caminho de poder cada vez mais fazê-los sair do Porto e Minho”.
“Há razões para, numa década, conseguirmos fazer aqui do Nordeste tal e qual como fizeram outras regiões, como o Douro em 15 anos: um lugar de excelência e de crescimento do turismo”, advogou.
Júlio Meirinhos alertou que “a informação dos produtos é essencial para atrair os turistas e é impossível vender pequenos mercados que não sejam integrados numa marca. Por isso, os agentes locais têm de aproveitar esta ferramenta”.
O conceito agrada a Elisabete Raimundo, proprietária de um hotel de Bragança, que aderiu à marca e espera que esta agregação funcione, contrariando outras tentativas locais de articulação da oferta turística “que não tiveram grande furto”.
Para outro empresário do turismo natureza, Miguel Nóvoa, é importante “começar a incutir na região um trabalho em rede, em equipa, a partilha de informações e experiências”.
“O ir em conjunto procurar um novo mercado ao estrangeiro é sempre uma mais valia porque sozinhos teremos muita dificuldade”, considerou.