Exportação de cortiça subiu em 2016 e atingiu 937 milhões

As exportações de cortiça atingiram em 2016 um valor de 937 milhões de euros, um aumento de 4% face a 2015, segundo um inquérito hoje apresentado pela União da Floresta Mediterrânica (UNAC).

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© Corticeira Amorim

Lusa
07/04/2017 09:17 ‧ 07/04/2017 por Lusa

Economia

UNAC

O inquérito, desenvolvido pela UNAC junto dos seus associados, que representam 20% da produção nacional, será apresentado no Cineteatro de Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, no decorrer de um seminário anual sobre a fileira da cortiça.

Em declarações à agência Lusa e à margem deste encontro, o presidente da UNAC, António Gonçalves Ferreira, explicou que as exportações em 2016 "correram bem", sublinhando que o setor está a registar um "crescimento".

"Em termos de volume de exportações, 70% do mercado é dirigido à compra de rolha (setor vinícola). Os mercados mais relevantes em termos de exportações continuam a ser o francês e o americano", acrescentou.

A UNAC conta com cerca de 16 mil produtores e com uma área territorial de influência de dois milhões de hectares, representando cerca de 700 mil hectares de áreas agroflorestais.

Em 2016, segundo os dados do inquérito, a campanha de extração de cortiça foi de aproximadamente seis milhões de arrobas (uma arroba equivale a 15 quilos), um valor "equivalente" ao alcançado em 2015.

Já o custo de extração de cortiça aumentou cerca de 4,6%, face a 2015, situando-se nesta altura nos 4,19 euros/arroba.

O preço médio de venda da cortiça em pilha foi de 29,53 euros/arroba, um aumento de 1,6% em relação a 2015, mantendo-se a orientação de crescimento do preço médio da cortiça, situação que ocorre desde 2009, o qual havia descido de "forma abrupta" em consequência da crise económica e financeira.

A UNAC revela ainda que a extração de cortiça na campanha de 2016 permitiu assegurar as necessidades da indústria, face à procura de mercado e aos 'stocks' existentes.

"A produção está a atingir um patamar estável e a perspetiva é a de que exista um crescimento com a entrada em produção das novas áreas de plantação que foram iniciadas nos anos 90", acrescentou António Gonçalves Ferreira.

A UNAC considera ainda como "um aspeto menos positivo" o furto de cortiças, quer empilhadas quer na própria árvore, situação que, recorda, se tem mantido nos últimos anos.

O seminário anual da fileira da cortiça tem como objetivo analisar a campanha de cortiça, os preços da comercialização e o acompanhamento das tendências de mercado.

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