O governador do regulador bancário português defendeu ontem que a aplicação de fundos comunitários deve ter uma garantia de retorno e que se deve colocar um fim à subsidiodependência das “ajudas a fundo pedido”.
Durante a conferência ’25 anos de Portugal europeu’, Carlos Costa defendeu, citado pelo DN, a necessidade de direccionar o investimento para os bens e serviços transaccionáveis para que o País consiga vingar no plano europeu.
Favorável ao aumento do rigor na gestão e à diminuição de investimento público, o governador do Banco de Portugal alegou que “estamos sobredimensionados do ponto de vista de infra-estruturas” e que é necessário contornar a situação e obter um “retorno social e económico”.
Carlos Costa deixou ainda no ar a questão sobre o destino do equivalente a 125% do PIB, que Portugal recebeu entre 1986 (data da entrada de Portugal na União Europeia) e 2010, mas são se privou de responder, dizendo que parte desse montante foi usado após “decisões de natureza política” ou de “interesses dos constituintes”.