“Tenho maior gosto em discutir erros, mas apresentar uma lista de erros seria demasiado demorado. Deixe-me apontar-lhe apenas um que parece importante”, disse Vítor Gaspar aos jornalistas, a margem de uma conferência-debate em Lisboa, quando questionado sobre os erros que cometeu enquanto responsável pela pasta das Finanças.
“O erro de que falo é que pensei que se poderia dar prioridade à consolidação orçamental e à estabilização financeira sem uma transformação estrutural profunda das administrações públicas. Neste momento, é claro que um esforço muito mais concentrado, desde o primeiro dia, na transformação das administrações públicas teria sido mais apropriado”, afirmou o ministro das Finanças.
Já sobre os erros admitidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na construção e condução do programa de resgate da Grécia, Gaspar disse que o relatório de que se fala tem sido “reportado com superficialidade” e que as conclusões se referem ao programa aplicado à Grécia em 2010.
O ministro das Finanças aproveitou o momento para repetir uma ideia que tem sublinhado, a de que este Governo conseguiu em dois anos dissociar Portugal da Grécia e aproximar-se da Irlanda.