O DN revela, esta segunda-feira, mais um dado sobre o ‘caso dos submarinos’ revelando a existência de uma auditoria, realizada entre 2008 e 2009 pela Inspecção Geral de Finanças (IGF), que nunca foi tornada pública pelos dois Governos socialistas liderados por José Sócrates e que dá conta de um ‘buraco’ de 200 milhões de euros.
Segundo o relatório da IGF, consultado pelo DN, às contas dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, no âmbito da compra de dois submarinos para a Marinha Portuguesa, os alemães da German Submarine Consortium (GSC) comprometeram-se com a “obrigação” de prestar várias contrapartidas, nomeadamente a de os ENVC receberem 52,2% do valor total do negócio (632 milhões de euros). Mas este acordo não só não foi totalmente concretizado como ainda resultou em prejuízos.
O consórcio alemão apresentou à Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC) vários pedidos de atribuição de créditos anteriores no valor de 307 milhões de euros, mas a CPC apenas aceitou autorizar 118,9 milhões. Deste modo, salienta o relatório da IGF, o plano de contrapartidas ficou-se pelos 383,9 milhões, uma redução de 39,2% em relação ao previsto no contrato assinado em 2004 e desde 2009 não é conhecida a construção pelo GSC de mais navios em Viana do Castelo.