No anterior leilão, realizado a 15 de maio, os juros pedidos pelos Bilhetes do Tesouro a seis meses foram de 0,811% enquanto na operação comparável a 18 meses, realizada a 20 de março, os juros pagos foram de 1,506%.
Na linha de Bilhetes do Tesouro de maturidade mais curta foram colocados 450 milhões de euros, com a procura a superar a oferta 2,5 vezes, enquanto que no prazo a 18 meses foram emitidos 1.050 milhões de euros de títulos de dívida, com uma oferta 2,1 vezes acima da procura.
O analista do Banco Carregosa Filipe Silva, salienta que a subida das taxas de juro não é “um comportamento específico da dívida portuguesa”, já que a tendência tem sido de subida das taxas do mercado secundária em todas as dívidas soberanas, incluindo a alemã.
“Este movimento de subida deve-se, essencialmente, aos rumores sobre o fim das medidas de estímulo às economias dos bancos centrais de todo o mundo”, justificou.
Ainda assim, Filipe Silva sublinha que a dívida de curto prazo “continua atraente para os investidores, ponderado o risco e o retorno”, desvalorizando a subida das taxas que “não é alarmante”.