“Há sinais cada vez mais significativos de que em breve Portugal poderá também explorar gás natural no nosso território”, afirmou esta manhã o governante durante uma intervenção no seminário "A CPLP e a Nova Geografia da Energia Mundial", organizado pelo Instituto de Defesa Nacional.
Porém, acrescentou Artur Trindade na mesma intervenção, “seja qual for” o cenário de potencial energético “não é expectável que os custos da energia baixem num país que encontre energia no seu território”, porque a energia é uma “commodity” e “o custo da energia consumida nesse país não tem alterações estruturais significativas”.
A descoberta e exploração de energia num país “não altera o custo médio com que essa ‘comodity’ é transacionada nesse país”, rematou.
Também o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, sublinhou na quarta-feira em entrevista à SIC a importância dos "sinais" de gás natural no 'offshore' do Algarve, imputando ao anterior governo responsabilidades quanto à demora na sua exploração, horas depois de se ter reunido durante duas horas com os líderes das 16 das maiores companhias portuguesas na área da energia, em Lisboa.
Neste encontro, o governante alertou para a necessidade dos países europeus encontrarem formas de reduzir os custos da energia, uma vez que estão a penalizar a competitividade do tecido empresarial europeu comparativamente com as companhias norte-americanas e asiáticas.
Santos Pereira revelou também que as grandes empresas nacionais se mostraram disponíveis para apostar na produção nacional, ao mesmo tempo que querem servir de âncora às pequenas e médias empresas (PME) no âmbito da internacionalização.