Numa ação de campanha que teve paragem no terminal de chegadas do aeroporto Sá Carneiro, onde Luís Filipe Menezes aproveitou para assistir a uma sessão de autógrafos do piloto de automóveis Tiago Monteiro, o candidato do PSD defendeu que o Porto e a região Norte "merecem" ter mais eventos "internacionais" até porque a "afición" dos nortenhos pelo desporto automóvel é "incontornável" e "uma tradição".
Luís Filipe Menezes disse que, se for eleito, a realização do Circuito da Boavista não está colocada em causa, mas defendeu que esta prova deve ser "pensada e trabalhada", deixando no ar a possibilidade de alterar a sua periodicidade - atualmente realiza-se de dois em dois anos - e afirmando que a quer tornar mais "importante a nível internacional".
Menezes adiantou que o Rali de Portugal vai "regressar ao Porto" e a sua logística estará montada no "coração da cidade". O candidato laranja afirmou, ainda, que vai lutar pelo regresso do Red Bull Air Race para o Porto, embora reconheça "as grandes dificuldades inerentes a isso".
"Um presidente da Câmara do Porto tem de querer grandes eventos para a sua cidade. Será importante conjugar uma série de eventos que se realizam no Porto em 2015 [Campeonato do Mundo de Futebol de Praia em Gaia e a edição do Circuito da Boavista] Estes eventos custam dinheiro. É preciso criar condições para que seja a economia a financiar por inteiro estes eventos e não seja o dinheiro dos contribuintes a financiá-los", defendeu Luís Filipe Menezes.
Assim, questionado sobre se, se vier a ser eleito presidente da autarquia do Porto, não será a Câmara portuense a pagar o Circuito da Boavista, o candidato social-democrata prometeu "tudo fazer para que seja a economia a pagá-los", mas acrescentou que em caso de falta de verba admite "um contributo" por parte do Município.
"Tudo farei no sentido de que sejam financiados pela economia. Eu sei como isso se faz. Construi uma marina em Gaia e foi a economia que a pagou. Construi um teleférico em Gaia e foi a economia que o pagou. E estes são investimentos que não têm nada a ver com o circuito da Boavista que é muito mais modesto. Eventualmente, se for necessário que o orçamento global tenha um contributo das autarquias, não é por isso que não se realiza o Circuito da Boavista", disse o também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia.
Luís Filipe Menezes reafirmou, por fim, que são "muitos os consumidores" de desporto automóvel do Norte, lamentando que as empresas "invistam mais em Lisboa".
"Mas é isso que temos de contrariar e temos de trabalhar", concluiu.