A TSF avança que a troika saiu esta semana de Portugal, depois de cinco dias de trabalho, com duvidas sobre o plano do Governo para o corte de 4,7 mil milhões na despesa do Estado. Segundo revelou fonte do próprio Executivo, ligada ao processo de negociações com o BCE, Comissão Europeia e FMI, a troika apontam para riscos políticos e constitucionais na aplicação das medidas apresentadas.
No plano político, refere a mesma fonte, a troika duvida também da vontade e capacidade do Governo para executar esse corte na reforma do Estado e assume não ter gostado da conclusão da negociação entre o ministro da Educação, Nuno Crato, com a Fenprof e FNE.
Para a troika, este é um exemplo de como o Governo não tem força política para levar a cabo as mudanças propostas para os vários sectores da Administração Pública.
A TSF conta ainda que, esta visita intercalar da troika passou ‘a pente fino’ o trabalho do Governo nos últimos dois meses, nomeadamente no que diz respeito aos cortes na despesa do Estado, tendo após esta análise chegado a outra conclusão: o impacto de cada medida tem valores duvidosos.