Num primeiro momento, a reforma do Estado vai contar com um guião composto apenas por directrizes para os cortes, a ser apresentado a 15 de Julho, e ajustando a dimensão e o ritmo das medidas geradoras da poupança, pois o objectivo de chegar a 4,7 mil milhões de euros de cortes não será alcançável.
O processo pretende assim ganhar tempo até estar garantida uma flexibilidade do défice para 2014, no entanto tudo depende da troika que terá de dar o seu aval.
Fonte próxima conta ao Diário Económico que se trata de “uma nova arquitectura política”. “O lema é definir montantes em função do esqueleto da reforma do Estado e não o contrário”, acrescentou a mesma fonte.
Agora apresentam-se as traves mestras para conseguir a poupança na despesa e só depois serão apurados os “montantes realistas dos cotes”, ou seja, haverá lugar a uma revisão do programa de ajustamento económico e financeiro.
De acordo com o Diário Económico, essa necessidade de revisão terá sido transmitida à troika pelo ex-ministro das Finanças. De recordar, que a saída de Vítor Gaspar, segundo a carta de demissão do próprio, se prende com o facto de não ter tido do Governo “o aval político para tomar medidas mais gravosas”, por forma gerar a poupança desejada.