Cavaco Silva, no discurso que fez ao País na quarta-feira à noite, lembrou que, caso Portugal não encontre rapidamente uma solução de Governo, corre o risco de ficar sem apoio da troika, nomeadamente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O Presidente lembrou ainda que “o FMI impõe, nestas situações, uma regra: com um ano de antecedência relativamente à data de vencimento dos empréstimos, o Estado devedor tem de possuir os meios financeiros ncessários para efectuar o reembolso”.
Em declarações ao DE, o economista João Loureiro explicou que “dependemos financeiramente dos outros”, sublinhando que “temos um conjunto de compromissos, [pelo que] a troika tem de ter interlocutores com capacidade de acção”.
Sem um Governo estável, ou com as possíveis eleições antecipadas, as avaliações ao memorando da troika ficam comprometidas e o financiamento, que o País devia continuar a receber até ao Verão de 2014, pode não chegar aos cofres públicos. Além disso, sem esta liquidez Portugal pode comprometer o pagamento da dívida aos credores.