As previsões do Banco de Portugal divulgadas ontem mostraram que o período do programa de ajustamento da troika eliminou do mercado de trabalho nacional cerca de 500 mil empregos, e também revelaram que Portugal terá este ano menos trabalhadores do que no tempo de Salazar, em 1960.
Mas as más notícias não ficam por aqui e, de acordo com as previsões do regulador, a destruição de empregos este ano deve cair 4,8%, a maior queda anual de que há registo, pelo menos desde 1960. E no próximo ano o cenário deve piorar novamente.
Assim, este ano haverá 4.432.000 empregos e 4.375.000 no próximo, números que estão abaixo dos registados no início dos anos 60 do século passado. Em 1960, por exemplo, havia 4.465.000 empregos em Portugal.