Ainda José Sócrates estava no Governo quando se quis investir no sector energético. A criação de barragens, um pouco por todo o País, foi uma das prioridades deste Executivo, mas grande parte delas foram apenas propostas.
A estas juntaram-se centrais de gás natural, fábricas de biocombustíveis, parques eólicos e ainda centrais fotovoltaicas, que em nada glorificam os “anos loucos” da energia, nome dado por uma fonte do sector ao Expresso.
Em causa estão 6.000 milhões de euros que se deixaram de investir e que poderiam ter dado origem a milhares de postos de trabalho.
As energias renováveis tinham lugar de destaque na era de Sócrates e de Manuel Pinho, ministro da Economia daquela época. De facto, Portugal era referência na imprensa nacional nesta matéria, mas a crise económica, a quebra no consumo doméstico e industrial, assim como a dificuldade no acesso ao financiamento levaram a que estes projectos não passassem do papel.