Apesar de o BPP ser um banco insolvente, pagou no ano passado 1.982 milhões de euros de IRC, mais do que o BCP e a CGD que, em 2012, tiveram prejuízo e não liquidaram o imposto.
A ‘culpa’ é da regra introduzida no Orçamento de Estado, que limita a possibilidade de dedução integral dos prejuízos fiscais a 75% do lucro tributável.
Além disso, aquele banco obteve um lucro de 17,6 milhões de euros no ano passado, devido às receitas da carteira de títulos, que foi colocada à guarda do administrador de insolvência e continua a valorizar, e também graças aos lucros da massa insolvente da instituição, que vai aumentando quando se vão recuperando os créditos.
Em declarações ao Jornal de Negócios, o presidente da Comissão Liquidária do BPP, Luís Máximo dos Santos, sublinhou que esta situação "é de uma extrema injustiça" para as entidades insolventes, acrescentando que se trata de "um meio adicional de expropriação dos credores, que já foram tão penalizados".