Ao todo já desapareceram 22.554 terminais de pagamento com cartões em Portugal nos últimos dois anos.
Segundo o semanário, os encerramentos (muitos deles na sequência de falências) e as elevadas taxas cobradas pela banca nas transacções são os principais motivos para este fenómeno. Contudo, o Expresso avança ainda com outro factor: a economia paralela.
Conhecida pelo baixo custo dos bens e serviços e fuga ao Fisco, a economia paralela faz com que os portugueses não optem por ir às lojas tradicionais de modo a evitarem as transacções electrónicas e respectivo controlo fiscal.
Para a Confederação do Comércio e Serviços em Portugal (CCP), o “encerramento de várias empresas e as comissões bancárias” estão entre os principais motivos para este fenómeno. Em declarações ao jornal, fonte da CCP salienta que com a crise “as empresas são obrigadas” a diminuir custos, “sobretudo em actividades com menores rentabilidades ou em transacções de baixo valor”.
Exemplo disso é o Pingo Doce. O grupo de Jerónimo Martins proibiu, recentemente, o pagamento através de cartão em compras inferiores a 20 euros.