As duas jovens jovens do grupo russo Pussy Riot, condenadas a dois anos de prisão por uma ação anti-Putin numa catedral da capital, chegaram ontem aos centros de detenção, muito afastados de Moscovo, anunciou a advogada. [Nadejda] "Tolokonnikova chegou ao campo de trabalho número 14 na Mordóvia e [Maria] Alekhina chegou ao campo número 32 em Perm", declarou Violetta Volkova à agência Interfax.
"Não temos informação oficial. Obtive-a através das minhas próprias fontes, que confirmaram", acrescentou. A administração penitenciária russa está obrigada a informar os familiares próximos das duas mulheres, num prazo de dez dias, da sua chegada aos campos de trabalho.
No campo número 14 na Mordóvia (500 quilómetros a leste de Moscovo), conhecido pelas suas condições muito duras, esteve detida entre 2006 e Outubro de 2008 Svetlana Bakhmina, a única mulher reconhecida culpada no caso Ioukos, que também implicou a prisão do magnata do petróleo Mikhaïl Khodorkovski.
Neste campo está também encarcerada Evguenia Khassis, uma ultranacionalista condenada a 18 anos de prisão pela morte de um advogado dos direitos humanos e de uma jornalista da oposição em 2009.
O campo de Perm, apesar de situado a 1.400 quilómetros de Moscovo, parece constituir uma opção mais suave, por se situar numa povoação onde vive o filho de Maria Alekhina. Tolokonnikova, 22 anos, e Alekhina, 24 anos, ambas mães, foram condenadas em agosto a dois anos de detenção num campo de trabalho por terem interpretado em fevereiro uma "canção punk" contra o Presidente russo Vladimir Putin na catedral do Cristo-Salvador, em Moscovo.