Heitor Lourenço foi detido no Aeroporto de Paris, quando se preparava para regressar a Lisboa num voo da Trasavia.
Momentos antes de o avião descolar, o piloto mandou sair todos os passageiros, encaminhando o ator português para a esquadra do aeroporto.
Foi lá que a polícia o informou de que teria sido “denunciado por suspeitas de terrorismo a bordo e que tinha estado a recitar o Corão em voz alta, a dizer um texto que envolvia a palavra morte e bomba. Acharam, portanto, que era um terrorista e suspeitaram de uma ameaça de bomba”, segundo explicou à SIC.
Só mais tarde percebeu o motivo da confusão: uma vez que o voo se tinha atrasado, Heitor Lourenço ocupou o tempo a fazer meditação, lendo a partir do smartphone um texto com caracteres tibetanos. Ao seu lado, tinha ainda o tablet, que cronometrava o tempo que gastaria a meditar. O passageiro do lado terá achado que o ator contava o tempo para a bomba explodir e terá feito a denúncia.
O incidente fez com que Heitor Lourenço permanecesse na esquadra durante seis horas. De lá só saiu quando as autoridades viram vídeos seus na internet e leram, na Wikipédia, que era referenciado como budista.