Grande parte dos portugueses tem o hábito de tomar um cafezinho a seguir ao almoço. Todavia, o ato aparentemente inocente pode não ser tão saudável quanto pensamos. Tal deve-se ao facto de que a cafeína é um estimulante e o seu consumo tem de ser controlado.
Nas palavras do nutrólogo Roberto Navarro, em declarações à revista Terra, bioquimicamente falando a cafeína é classificada como alcaloide e é possível encontrarmos diversas plantas que possuem a substância na sua composição.
Dessa forma, em bebidas e alimentos com erva mate, guaraná, cacau e coca-cola também é possível encontrarmos a cafeína. Como tal, o cuidado não deve ter somente em conta o café, mas também esses produtos.
Isto porque, segundo a nutricionista funcional Patrícia Davidson Haiat num vídeo no seu canal do YouTube, o problema da cafeína é que a substância aumenta a produção de adrenalina e cortisol.
E "o cortisol é vulgarmente conhecido como a hormona do stress. Níveis elevados de stress provocam ansiedade, nervosismo e irritabilidade em quem excede a quantidade ideal de cafeína", alerta Patrícia.
Há um limite de café por dia?
A nutricionista funcional responde: não existe. De acordo com a profissional, o organismo de cada pessoa processa a cafeína de forma diferente no organismo, algumas mais lentamente e outras mais rapidamente.
O último café do dia
A nutricionista recomenda que o ideal é não consumir café após o almoço, sobretudo se for um almoço tardio, e restringir a bebida ao período da manhã. Todavia, se o desejo por cafeína for mais forte – duas da tarde é o limite. Patrícia Davidson Haiat saliente que pessoas que metabolizam a substância de forma muito lenta, podem ficar com a cafeína ingerida de manhã por até 14 horas na circulação sanguínea.
Sendo assim, o consumo mesmo feito de manhã ou de tarde pode atrapalhar a quantidade de horas de sono e a qualidade do descanso.
"O problema é que no dia seguinte a pessoa acorda sem energia, totalmente indisposta e como tal volta a tomar café para melhorar a disposição, acabando por entrar num ciclo vicioso", finaliza a nutricionista.