A Academia Brasileira de Oftalmologia (ABO), a Academia Americana de Oftalmologia (AAO) e a Associação Pan-Americana de Oftalmologia (PAAO) foram as primeiras a faze soar o alerta e agora é a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) a informar sobre os riscos associados às cirurgias estéticas para mudança da cor dos olhos.
Segundo a informação avançada num comunicado, estes procedimentos são “de caráter meramente estético”, e têm por base “a aplicação repetida de laser na íris ou a colocação intraocular de um implante entre a íris e a córnea pretendem transformar olhos castanhos em olhos azuis”. Contudo, “a aplicação de laser sobre uma íris castanha, a camada superficial de melanina é destruída, deixando-a com uma tonalidade azulada, isto é, com menos concentração de melanina”, alerta a associação nacional.
“Os implantes de íris alteram a cor dos olhos através da colocação de um objeto estranho dentro do olho. Estes implantes não estão aprovados pelo Infarmed para uso intraocular pelo que a sua utilização é proibida no nosso país”, revela.
Redução irreversível da visão, pressão intraocular aumentada, glaucoma, catarata, lesão corneana (que pode levar à necessidade de um transplante de córnea), uveítes e inflamação intraocular são alguns dos riscos associados a estas cirurgias estéticas.