Um estudo conjunto entre a Agência de Ciência e Tecnologia norte-americana e as universidades de Osaka (Japão) e Califórnia (Estados Unidos) vem lançar um alerta às mulheres que pretendem engravidar.
Diz o estudo, citado pela revista Shape, que a exposição a luz artificial (seja da televisão, de um dispositivo móvel ou de uma tradicional lâmpada de candeeiro) nos momentos que antecedem o sono não só afeta a qualidade do mesmo como interfere ainda com a fertilidade. A conclusão surgiu depois de terem sido analisados ratos de laboratório do sexo feminino.
Contudo, destacam os investigadores, o impacto negativo da luz artificial na fertilidade foi ainda mais severo quando se tratavam de fêmeas mais velhas. Para os investigadores, a idade continua a ser um fator fundamental para a fertilidade de uma mulher e o aspeto que mais vulnerável fica perante o hábito de estar ao telemóvel ou ver televisão antes de dormir.
Mais concretamente, explica a Shape, os ratos fêmea que tinham mais idade conseguiram uma taxa de gravidez na ordem dos 71% quando foram expostos apenas a padrões de luz natural; já quando estiveram perante a luz artificial durante a noite, a taxa de fertilidade caiu para 10%. O impacto foi igualmente negativo nos animais mais novos, mas não de uma forma tão drástica.
Para os investigadores, as mulheres, principalmente depois dos 30 anos, devem evitar uma exposição excessiva à luz artificial durante a noite, isto é, estar com a luz de um dois candeeiros acesa enquanto vê televisão e usa o telemóvel ou tablet, uma vez que este hábito coloca em causa a produção de melatonina, hormona responsável pelo sono e pela regulação dos níveis de estrogénio.
Gene Block, uma das autoras do estudo, aconselha as mulheres a desligarem os aparelhos eletrónicos pelo menos uma hora antes de irem dormir. Mas não só, esta especialista destaca ainda a importância de ter uma rotina de sono regular, assim como uma alimentação adequada, algo que interfere também com a disposição ou não para dormir.