Correr ou caminhar? Eis a questão. Para uns, a corrida é a melhor aliada, já para outros a caminhada é a forma mais eficaz de fazer exercício e perder algum peso. Mas qual das duas é a melhor?
Esta foi a questão que o médico cardiologista James O'Keefe quis responder. Num artigo publicado no Huffington Post, O’Keefe baseia-se em alguns estudos científicos para mostrar como a caminhada é melhor do que a corrida.
“Se o objetivo é melhorar a saúde e a longevidade, então caminhar é o ideal”, disse. Mas este não é o único motivo.
A corrida pode mesmo ser prejudicial para o coração, como indica um estudo realizado em Dublin e que defende que correr mais do que 40 quilómetros por semana (e a cerca de 11km/hora) tem o mesmo impacto que o sedentarismo a nível de mortalidade. Já caminhar até três horas por semana pode reduzir o risco de morte em 25%.
Já diz a sabedoria popular que ‘quem corre por gosto, não cansa’. Mas cansa, e muito. A atividade física intensa enfraquece o sistema imunológico, o que aumenta o risco de adoecer.
E quanto à perda de peso, diz o especialista, a corrida pode ser uma faca de dois gumes: tanto faz queimar calorias e perder peso, como aumenta o apetite. E este segundo fator pode anular por completo o primeiro.
Já o professor da Universidade Estatal da Califórnia, Todd Astorino, diz que “o treino de curto prazo para maratonas ou outros acontecimentos singulares sé prejudicial para a saúde”, contudo, o treino em excesso durante um longo período de tempo pode, sim, ser prejudicial, uma vez que deixa o corpo à mercê de lesões e doenças.
E se restam dúvidas de que a caminhada é melhor do que a corrida – em especial para pessoas com mais de 40 anos – um recente estudo do Lawrence Berkeley National Laboratory, nos Estados Unidos, diz que as pessoas que caminham são mais saudáveis e correm menos riscos de hipertensão, colesterol elevado, diabetes e doenças de coração do que aqueles que fazem da corrida uma atividade regular.