Substâncias naturais presentes nas frutas e verduras podem ser prejudiciais para o corpo humano.
Como destaca a BBC, por exemplo, o potássio presente na banana é essencial para o bom funcionamento do organismo mas, o seu consumo em excesso pode provocar reações como palpitações, dores de estômago, náuseas e diarreia.
"As razões de (essas frutas e verduras) terem toxinas nem sempre são conhecidas. Às vezes é (culpa de) um pesticida natural para evitar o ataque de insetos. Ou uma forma de a planta se proteger de danos causados pelo clima, da luz do sol ou micróbios", explicou o setor de recomendações ao consumidor do governo da Nova Zelândia.
Ainda assim, os especialistas afirmam que não há motivos para preocupações. Até porque “é a dose que faz o veneno”, como sugere o cientista Ed Blonz num artigo publicado no site da organização American Cancer Society. É preciso portanto consumir certos alimentos em grandes quantidades ara que as suas toxinas causem efeitos indesejáveis. Eis os alimentos a consumir com precaução:
1. Glicosídeos cianogénicos. Podem ser encontrados nas sementes de maçãs e no interior das sementes de ameixas, pêssegos, cerejas, entre outros. Os sintomas de uma intoxicação por esta substância incluem confusão, vertigem, dor de cabeça e vómito.
2. Glicoalcaloides (solanina). Muito presente nas batatas, beringelas e tomates. Em grandes doses pode provocar sintomas gastrointestinais e até alucinações, paralisia ou até morte. Mas uma pessoa teria de comer 70 batatas de uma vez para ficar envenenada.
3. Lectinas. Presente em feijões, lentilhas, grãos-de-bico, ervilhas, amendoins, soja e seus derivados, esta substância não é processada pelo sistema digestivo humano e por isso o nosso corpo produz anticorpos para a combater, com respostas variadas. Pode gerar intolerância a estas leguminosas, sensação de inchaço e dor no estômago. Também podem contribuir para a síndrome do intestino irritável.
4. Nitratos. Mais presentes nas verduras, devido à água da rega. Podem ser encontrados em alimentos como alface, beterraba, cenoura, espinafre, salsa, repolho, rabanetes, aipo e couve. Apesar de ajudarem a controlar a produção de glóbulos vermelhos e evitarem a formação de coágulos, também podem representar risco de derrame cerebral. Mas em níveis elevados podem ser perigosos durante a infância.