Num futuro mais ou menos próximo poderá ter todos os benefícios do exercício sem ter de se esforçar ou transpirar. É o que ambiciona o grupo de cientistas que está a desenvolver um medicamento capaz de ‘substituir’ o exercício.
Num estudo publicado recentemente na Cell Metabolism, cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália, e da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, afirmaram ter criado um diagrama das reações moleculares para o exercício físico. O objetivo dos investigadores é identificar as mudanças mais importantes, de forma a poder replicá-las com medicamentos.
Como reporta o Quartz, para isso, a equipa usou a espectrometria de massa, técnica a partir da qual é possível estudar mudanças nas proteínas nos músculos após a atividade física.
Quatro voluntários passaram por uma biópsia muscular antes do exercício, depois tiveram de pedalar uma bicicleta durante dez minutos com o máximo de força possível. Após esse período, deram uma segunda amostra dos músculos aos cientistas.
Os investigadores pretendem agora identificar quais são as principais mudanças biológicas, e a partir delas começarão a desenvolver um medicamento. "Fomos os primeiros a criar esse mapa e agora sabemos a complexidade dos sinais obtidos pelo corpo por meio dos exercícios físicos", afirma o Dr. Nolan Hoffman, que conduziu o estudo.
Os cientistas demoraram três anos para desenvolver o diagrama e estimam que demorarão pelo menos uma década a criar uma versão segura do medicamento. O objetivo é que o medicamento seja utilizado, principalmente, por pessoas idosas, com obesidade e doenças relacionadas.