Cápsulas de café, seguras ou nem por isso?

As cápsulas revolucionaram o mundo do café e mandaram as antigas máquinas de cimbalinos para museus. Mas serão a opção mais segura?

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Daniela Costa Teixeira
01/02/2016 09:10 ‧ 01/02/2016 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle

Saúde

George Clooney pergunta: ‘what else?’ e um estudo da Universidade de Valência responde: bactérias, muitas bactérias.

De acordo com a investigação espanhola, as máquinas de café de cápsulas – cada vez mais comuns em casas e escritórios – contêm um vasto leque de bactérias, mas que não são prejudiciais à saúde.

Manuel Porcar, diretor do estudo levado a cabo no Instituto Canavilles de Biodiversidade e Biologia Evolutiva da Universidade de Valência, revela que as cápsulas de café são altamente seguras, não contendo qualquer tipo de micro-organismos. Contudo, é nas máquinas que o problema (leia-se, as comunidades de bactérias) reside.

“É totalmente seguro. As cápsulas e o café não contêm qualquer tipo de micro-organismo que tenhamos sido capazes de detetar. Porém, é no reservatório das cápsulas que acontece a contaminação. Apesar da relativa capacidade antibacteriana do café, há um grande número de microorganismos que podem ser patogénicos”, isto é, nocivos à saúde, como explica ao El Páis o mentor do estudo, Manuel Porcar.

Para o investigador, a forma mais eficaz de evitar problemas maiores relacionados com o consumo de café de capsulas é tentar não entrar em contacto “com o líquido que se acumula no reservatório”. Mas apenas em casos extremos de “falta de higiene” (em que o reservatório das cápsulas fica esquecido semanas a fio) é que o uso de máquinas de capsulas pode causar algum tipo de problemas digestivos.

O segredo está “em limpar a máquina com uma certa frequência” de depois lavar as mãos. O mais indicado é limpar o aparelho uma vez por semana.

A investigação foi publicada no final do ano passado na revista Nature.

Em 2011, um estudo da Universidade de Barcelona também já tinha analisado a segurança das cápsulas de café, concluindo que os níveis de furano (componente toxico e possivelmente cancerígeno) eram maiores neste tipo de café, quando comparado com o tradicional expresso ou café de cafeteira.

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