Os números representam um acréscimo de 88 casos e mais dois mortos em relação aos números registados no final de agosto, sendo que a doença afeta sobretudo as regiões de Tombali e Quinara, no sul do país.
A época das chuvas, de maio a outubro, dificulta os acessos e facilita a transmissão da bactéria, que se aloja no intestino humano, sobretudo através do consumo de água contaminada.
Na última semana, a OMS entregou ao governo de transição da Guiné-Bissau um conjunto de medicamentos e material sanitário no valor de 200 milhões de francos CFA para o combate à doença.
Em declarações aos jornalistas, Ayigan Kossi disse acreditar que, depois das chuvas, "com o envolvimento do governo e com as ajudas já recebidas, será possível acabar com a Cólera" e a partir daí "aprofundar a prevenção".
No Hospital de Catió, capital regional de Tombali, funciona um Centro de Tratamento de Cólera para o sul do país que conta com o apoio de organizações internacionais.
Vasco Sanca, médico da unidade, contou à agência Lusa que fazem falta mais profissionais de saúde.
"O que mais nos podia ajudar eram recursos humanos", conta o médico
"Com quatro médicos para um hospital tão grande e com este Centro de Tratamento de Cólera, esta é uma tarefa muito difícil", referiu.
Entre as medidas que têm sido tomadas na região para estancar a epidemia constam a formação de ativistas, instalação de latrinas a usar pela população e a dinamização da estadia de escuteiros para realizar sensibilização dos residentes.
Lavar as mãos sempre antes de comer e depois de sair da casa de banho são princípios básicos que têm sido transmitidos e que se fazem ouvir também através de campanhas nas rádios.