Aquele responsável falava no final de uma reunião sobre o processo eleitoral que juntou membros do Governo, presidente da Assembleia Nacional Popular, partidos políticos e representantes da comunidade internacional.
A realização de eleições até final do ano "é de todo impraticável", mas não podem ser adiadas "muito para além das primeiras semanas de 2014", referiu Ramos-Horta.
O representante da ONU ressalvou que a definição dos novos prazos é uma responsabilidade do Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, e que o assunto deve ser analisado numa cimeira de chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) nos dias 24 e 25 de outubro em Dacar, Senegal.
"Nessa altura haverá um acordo entre a Guiné-Bissau e a CEDEAO para o fim da transição e eleição", acrescentou.
A Guiné-Bissau está a ser dirigida por um Presidente e um Governo de transição na sequência do golpe militar de 12 de abril de 2012.
A CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) determinou que o período de transição devia terminar antes do final deste ano com a organização de eleições gerais, marcadas para 24 de novembro.
No entanto, a pouco mais de um mês da data, o recenseamento eleitoral ainda não começou, pelo que o adiamento já era admitido por diferentes autoridades.