O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que se apoia uma vasta rede de militantes e pessoal médico no terreno, referiu-se a violentos combates que de iniciaram na noite de quinta-feira em Deir Ezzor, a grande cidade do leste do país, e que terá sido bombardeada pela aviação de Damasco.
Os ataques aéreos coincidiram com um avanço rebelde no bairro de Rashdiya, até agora controlado pelas forças do regime, onde o chefe dos serviços de informações militares na região foi morto na quinta-feira.
Ainda segundo a ONG síria, sediada em Londres, foi no bairro de Rashdiya que combatentes da Frente al-Nosra, com ligações à Al-Qaida, capturaram dez soldados que foram de seguida executados.
Na província de Alepo (norte), "12 curdos, incluindo seis crianças (...) foram mortos num bombardeamento por forças governamentais (...) na povoação de Tal Aran", referiu ainda o OSDH.
Tal Aran está situada perto de Sfiré, uma localidade controlada em grande parte pelos rebeldes 'jihadistas' e alvo de intensos bombardeamentos das forças governamentais nas últimas semanas.
Na mesma província, pelo menos 20 soldados e sete combatentes rebeldes foram mortos após um ataque rebelde contra uma base militar aérea a sudoeste da Alepo, também de acordo com a OSDH.
No campo diplomático, foi hoje anunciado que o mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, inicia no sábado no Egito uma deslocação por uma dezena de países do Médio Oriente no âmbito dos esforços para a concretização da conferência de paz "Genebra 2", prevista para novembro.
Khawla Mattar, porta-voz de Brahimi, disse hoje ser provável que a deslocação inclua o Irão e a Síria, apesar de acrescentar que a iniciativa "ainda está a ser discutida e organizada".
A viagem do mediador deverá prolongar-se até ao final de outubro.