Em Dacar, e antes da cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, José Maria Neves disse hoje que pretende promover a diplomacia económica junto das autoridades e empresários senegaleses, no quadro da estratégia de ancoragem da economia aos mercados oeste-africano, em particular, e africano, em geral.
Salientando as "fortes relações" entre os dois países, o chefe do executivo cabo-verdiano, cuja última visita de trabalho ao Senegal ocorreu em maio de 2010, referiu que se pretende reforçar as relações económicas e empresariais com o Senegal, que têm "grande potencial".
Ainda antes da cimeira, José Maria Neves terá encontros com representantes da vasta comunidade cabo-verdiana residente em Dacar.
Na cimeira da CEDEAO, que terá como tema principal a questão da Tarifa Externa Comum (TEC), José Maria Neves pretende dar conta dos avanços feitos na reunião realizada em março na Cidade da Praia, em que foi aprovada a União Aduaneira dos quinze Estados membros da organização sub-regional.
A TEC foi então aprovada pelos ministros das Finanças oeste-africanos, tendo o presidente da Comissão da CEDEAO, Kadré Désiré Ouedraogo, defendido que a União Aduaneira deverá entrar em vigor a partir de 2014.
A aprovação da TEC/CEDEAO abre portas para que se retomem as negociações sobre os Acordos de Parceria Económica (APE) com a União Europeia (UEE), paradas há mais de um ano devido a divergências entre os países europeus e oeste-africanos.
Na cimeira será também discutida a nomeação da nova Comissão da CEDEAO, alargada de sete para 15 membros - Cabo Verde ficou com a pasta da Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação -, bem como a evolução das crises político-militares no Mali e na Guiné-Bissau.