Casas e comércios de opositores marcados por grupos associados a Maduro

As casas e estabelecimentos comerciais de venezuelanos simpatizantes da oposição foram marcados por grupos associados ao regime nas localidades de Santo António, Ureña e Rúbio, na região fronteiriça com a Colômbia, denunciaram hoje deputados da oposição.

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© Reprodução/ Twitter

Lusa
28/02/2019 15:26 ‧ 28/02/2019 por Lusa

Mundo

Venezuela

A denúncia foi feita por organizações políticas e deputados opositores, através do Twitter, que acompanharam as mensagens com fotos em que são visíveis círculos redondos, vermelhos, com uma linha diagonal, imitando o sinal de proibido o trânsito.

"Alegados grupos violentos do regime [de Nicolas Maduro] marcaram casas e comércios na fronteira do Táchira (com a Colômbia), criando pânico e temor entre a população. Não mais mortos na fronteira", denunciou o partido político opositor Vente Venezuela, liderado pela ex-deputada Maria Corina Machado.

A deputada Gaby Arrellano denunciou que "grupos irregulares de Santo António del Táchira, marcaram, durante a noite de quarta-feira, as casas de vários dos nossos líderes comunitários que não comungam com o regime de Nicolás Maduro, em Santo António, Ureña e Rúbio".

Também o deputado Franklyn Duarte explicou que este 28 de fevereiro "marcaram as casas de reconhecidos dirigentes da oposição nos municípios da fronteira, em Táchira" e responsabilizou o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

"Responsabilizados os autarcas do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo liderado por Maduro), em Santo António, no município Bolívar, em Ureña, no Município Pedro Maria e em Rubio, no município Junin", escreveu.

Villca Fernández, ex-preso político, lançou um "alerta" à "comunidade internacional" referindo que "assim estão amanhecendo as casas em Santo António del Táchira".

"Isto é uma prática nazi que hoje reivindicam os do regime assassino de (Nicolás Maduro). Abaixo a Tirania, Venezuela Livre, SOS Venezuelana, Direitos Humanos", escreveu.

Vários usuários das redes sociais continuam a insistir que a situação na fronteira com a Colômbia continua tensa, desde que a oposição tentou, sem sucesso, fazer entrar por ali na Venezuela ajuda humanitária internacional, a 23 de janeiro último.

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